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Tratamentos Cirúrgicos

Existem atualmente 5 técnicas conhecidas e reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e Ministério da Saúde. Dentre elas, realizamos aqui na clínica somente três tipos, dentre elas:

Gastrectomia Vertical ou Sleeve

Consiste em uma ressecção (retirada) de dois terços do estômago em seu eixo vertical transformando-o em um tubo afilado.

Esta cirurgia se baseia em dois princípios: o da restrição do volume alimentar ingerido e o da retirada de uma área do estômago onde é produzido um hormônio chamado grelina. Este hormônio é responsável por gerar a sensação de fome. Outras partes do intestino delgado também produzem este hormônio e ainda não se conhece totalmente suas ações.

 

Ela apresenta duas grandes vantagens. A primeira e mais importante é o fato de que pacientes submetidos a esta

cirurgia necessitam de pouca ou em alguns casos nenhuma suplementação vitamínica.

É bem indicada em pacientes com anemias crônicas, osteoporose grave ou ainda em condições clínicas que necessitem a primeira porção do intestino para absorção de medicamentos. Também está indicada em pacientes que estejam dispostos a não perder tanto peso.

 

Aqui se torna obrigatório fazer um acompanhamento adequado com a psicóloga ou psiquiatra da clínica. A perda média de peso é de 25 a 30% do peso inicial. Outra vantagem é se houver reganho de peso é possível a realização de outras cirurgias bariátricas subsequentes.
 

Entre as desvantagens estão o fato de ser uma cirurgia irreversível; não deve ser indicada para pacientes comedores de doces ou que tenham doença do refluxo gastroesofágico. O acompanhamento psicológico destes pacientes é fundamental no tratamento da compulsão alimentar, componente comum no paciente com obesidade.

Bypass Gástrico ou Cirurgia de Fobi-Capella

Sem dúvida nenhuma, essa é a cirurgia bariátrica mais realizada no mundo.
 

Ela consiste em uma redução do estômago através de grampeamento. O estômago é dividido em duas partes: uma menor que será por onde o alimento irá transitar e outra maior que ficará isolada. Este pequeno estômago é então ligado ao intestino para que o alimento possa seguir seu curso natural. Todas as secreções do estômago separado, duodeno e pâncreas serão levadas a uma nova anastomose do intestino feita mais adiante. Somente neste ponto o suco digestivo entrará em contato com os alimentos.

O fato de o estômago ficar menor não quer dizer que você irá passar fome. Atualmente sabemos que existe um hormônio responsável pelo nosso apetite chamado grelina. Este hormônio é produzido em todos os segmentos do trato digestivo, mas é produzido em maior quantidade no estômago na parte que irá ficar isolada depois desta cirurgia gerando uma inapetência no período pós-operatório. É muito comum, depois dessa operação, os pacientes perderem totalmente o apetite. Com o tempo o apetite volta devido ao aumento de produção deste hormônio pelo intestino. É muito importante não confundir apetite com “vontade de comer” ou compulsão alimentar. A perda média de peso nesta cirurgia é de 35 a 40% do peso inicial.

Derivação Biliopancreática com Duodenal Switch

Esta é uma cirurgia restritiva e disabsortiva. A porção restritiva da cirurgia envolve a remoção de cerca de 70% do estômago ao longo da curvatura maior semelhante a uma Gastrectomia Vertical ou Sleeve.
 

A porção disabsortiva da cirurgia desvia um segmento do intestino delgado que recebe a passagem do alimento, e outro segmento que desvia os sucos digestivos criando duas vias distintas e um canal comum. A menor das duas vias intestinais leva alimento do estômago para o canal comum. A outra via é o segmento intestinal biliopancreático, que carrega o suco digestivo para o canal comum. O canal comum é a porção do intestino delgado, geralmente 100-150 centímetros de comprimento, em que ocorre a mistura do conteúdo alimentar com o suco digestivo antes de chegar ao intestino grosso.

A má absorção do Duodenal Switch requer que os pacientes que se submetam ao procedimento necessitem tomar suplementos vitamínicos e minerais para sempre.

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Derivação Biliopancreática de Scopinaro

A cirurgia de Scopinaro pode ser modificada; e desta forma fica um pouco menos agressiva por não retirar o estômago distal.
 

Deixa um grande segmento do estômago distal, duodeno e jejuno exclusos do trânsito de alimentos. Faz anastomose do intestino delgado no estômago proximal, e do jejuno ao íleo. Seus benefícios e complicações são similares às cirurgias mais disabsortivas e menos restritivas.
 

Esta cirurgia também tem sido considerada uma das cirurgia que apresenta melhor resposta no tratamento da diabetes (em torno de 95% de remissão da doença). Por isso é indicada em pacientes obesos diabéticos. Em pacientes diabéticos com menor IMC essa cirurgia pode ser realizada com o desvio intestinal menor. Sua taxa de reganho de peso é muito inferior ao das outras cirurgias não ultrapassando 2% contra os 10% a 20% dos outros procedimentos.
 

Perde-se em torno de 40 a 45% do peso inicial. Portanto deve ser indicada em um grupo especial de pacientes. Existe o risco de levar o paciente à desnutrição e isso pode ocorrer em 2% dos pacientes. Outra desvantagem desta cirurgia é mau cheiro dos gases e fezes.

img_derivacao_biliopancreatica.jpg

BANDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL

Consiste na colocação de uma prótese de silicone com uma pequena câmara pneumática interna ao redor do estômago em sua porção inicial.

Foi um procedimento muito realizado no final da década de 90.
 

Vem caindo em desuso no Brasil e Europa. Quando lançada nos anos 90 seu grande apelo era o fato de ser o único procedimento que na época era realizado por vídeo-laparoscopia. Atualmente poucos grupos no Brasil realizam este procedimento.
 

Por ser um procedimento puramente restritivo, a comunidade da cirúrgica bariátrica hoje em dia dá preferência à gastrectomia vertical ou sleeve.

A perda média de peso é de 20 a 25% e as taxas de reganho de peso são muito elevadas. Além disso, podem ocorrer complicações como migração da banda e erosões do estômago.

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